A luta dos policiais penais para enfrentar problemas internos e externos, corrupção e o crime organizado

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CPI criada na ALESP sob a presidência do Deputado Coronel Telhada que obteve avanços consideráveis

Uma das primeiras providências tomadas foi a Operação Ethos, deflagrada no dia 22 de novembro do ano passado e identificou 54 pessoas, entre membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), que já estavam cumprindo pena e advogados que atuavam em colaboração com o PCC, que atuavam no sistema prisional do estado.

Um dos presos na operação foi o ex-vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) Luiz Carlos dos Santos. Entre as pessoas identificadas na operação, 14 eram integrantes do PCC que já estavam presos. Santos é acusado de receber uma mesada, no valor de cerca de R$ 5 mil, para “plantar” denúncias de violação de direitos humanos com o intuito de gerar desestabilização na segurança do estado de São Paulo. Segundo a investigação, ele teria recebido cerca de R$ 130 mil.

Segundo Telhada, a CPI surgiu para investigar o Condepe. “Meses atrás houve um problema muito sério envolvendo o Condepe, onde o vice-presidente do órgão, Luiz Carlos dos Santos, foi acusado e se encontra preso até este momento por participar do crime organizado. Isso é uma coisa muito séria”, disse.

“Direitos humanos é para defender a pessoa, não para defender bandido. Nós mudamos isso aí. Se alguma pessoa achava que direitos humanos era para defender bandido, nós não achamos isso e vamos trabalhar fortemente contra isso”, ressaltou.

A CPI da Operação Ethos/Condepe é composta também pelos deputados Coronel Camilo (PSD), Beth Sahão (PT), Cezinha de Madureira (DEM), Junior Aprillanti (PSB), Milton Vieira (PSD), Fernando Cury (PPS) e Clélia Gomes (PHS).

Segundo Telhada, a CPI surgiu para investigar o Condepe. “Meses atrás houve um problema muito sério envolvendo o Condepe, onde o vice-presidente do órgão, Luiz Carlos dos Santos, foi acusado e se encontra preso até este momento por participar do crime organizado. Isso é uma coisa muito séria”, disse.

“É inadmissível que o vice-presidente do Condepe, que ganha do Estado e da população para cuidar do Estado, esteja envolvida com o crime organizado. Também há a informação de que eram fornecidos endereços de policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários e dados pessoais de agentes da segurança pública [para o crime organizado]. Isso é praticamente uma sentença de morte”, disse o deputado, que era policial militar.

Telhada disse a jornalistas que, entre os possíveis convocados e convidados para falar na CPI, podem estar o próprio Luiz Carlos dos Santos, como também integrantes do Condepe, advogados e o delegado que presidiu a operação. “Estamos analisando o processo. Possivelmente, quem estamos pensando em pedir a presença aqui é do delegado responsável pela Operação Ethos para que explique o que está acontecendo, onde se chegou; e do presidente do Condepe para que explique como ele pôs como vice-presidente um criminoso”, disse.

Para Telhada, apesar de muitos já estarem presos, a CPI ainda pode contribuir com a operação. “A CPI pode somar porque politicamente ela mostra para a população que a Assembleia Legislativa está concluindo o caso e pode até trazer novas evidências à situação por meio da experiência dos deputados e do interesse político.”

Essa é uma luta antiga do sindicato, SINDPPSP, desde 2013, ainda como Sindasp, ao lado do Coronel Telhada, mais o trabalho que vem sendo feito pelos policiais penais, esteve junto a ALESP, Paulo Marcelo Venceslau, Márcio Assunção, entre outros, acompanharam a Operação Ethos e todas as demandas que se apresentaram.

É uma luta muito grande e difícil enfrentar todas essas dificuldades cada vez mais entranhadas no sistema e na sociedade.

Edição:
Lílian Beraldo

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

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