Presidente Prudente, 17 de outubro de 2024.
O sindppesp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), com sede estadual em Presidente Prudente, através de seu Diretor Administrativo Luciano Novaes Carneiro, com a anuência de seu Presidente, o Policial Penal Valdir Branquinho, vêm a público REPUDIAR O DESCALABRO E O DESRESPEITO DA DECLARAÇÃO FORNECIDA PARA PLATAFORMA JORNALISTICA METRÓPOLES, ONDE REPRESENTANTE DA P.M. APONTA A CLASSE DE AGENTES DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA E OS SINDICATOS COMO AUTORES DE SUPOSTA “CARTA DE SALVE” DA FACÇÃO P.C.C.
Para tal ato público, devemos relatar que tivemos a informação por parte de grande número de servidores que no dia 16/10/2024 havia sido publicado uma matéria no site Metrópoles onde afirma que representante oficial da P.M.-S.P. declara de forma leviana a possibilidade de participação de agentes na divulgação de notícia crime falsa.
No mundo moderno nada pode ser descartado sem observar todos os ângulos, mas caso realmente tal declaração ocorreu, a mesma não foi pautada no conhecimento de nosso trabalho dentro do sistema prisional, ou seja, simplesmente joga nossa honrosa profissão no lamaçal da criminalidade, onde com tal declaração “hipótese”, caso o mesmo não tenha conhecimento gramatical tal palavra, origina-se do vocábulo hypothesis (hypo + thesis), o que pode levar a uma conclusão definitiva de um assunto, fato que tal ideia nos nivela como praticamente a “colaboradores” do crime e do caos.
Para os que não tem conhecimento de nossa história dentro da segurança pública como esse declarante da reportagem, vale lembrar que nossa classe de agentes de segurança, além de participar mesmo com poucos recursos do processo de ressocialização da pessoa presa, também foi a primeira a apontar e denunciar na época, em meados dos anos 90 o surgimento da facção. Também antes das megas rebeliões dos anos de 2001 e a de 12 de maio de 2006, simplesmente clamávamos por socorro e repercutimos para a sociedade o barril de pólvora que iria explodir, e simplesmente membros da alta cúpula semelhante esse entrevistado, negaram nossos apontamentos, sendo que posteriormente praticamente tal organização criou um caos colocando o Estado em crise.
Declarações de pessoas de cargos públicos com evidência devem ser ponderadas, tendo um olhar empático e de forma generalizada para evitar macular a vida e ou a profissão de outrem, porém, a declaração na matéria que foi feita e divulgada em uma plataforma de notícias, gerou profunda revolta em uma classe que já está sob o efeito das mazelas da ansiedade e da pressão de uma reestruturação.
Também devemos deixar claro que na matéria, quando se menciona “sindicato dos agentes penitenciários”, nós como a instituição sindppesp, somos os representantes dos agentes penitenciários e nos sentimos profundamente atingidos de forma direta por tal “hipótese”, sendo mais um motivo de buscarmos o pedido de retratação de tais “suposições”.
Outro ponto a ser repudiado e de forma até sarcástica está pautado na menção que um “porte institucional” seria a “maior utopia da classe”, não temos ideia de onde possa ter saído tal pensamento ou sugestão “doentia”, pois a nossa verdadeira luta e ideal está baseado nas condições de trabalho e na verdadeira valorização salarial para suprirmos as necessidades de nossos entes.
Estamos em um momento que necessitamos de valorização por parte de autoridades políticas e administrativas e não acusações descabidas e generalizadas como a que foi divulgada. Assim, questionamos como poderemos chegar a uma elevação de qualidade no desenvolvimento de nossa profissão se na maioria das vezes quem deveria estar conosco tenta nos desmoralizar ou desagregar. Absurdo!!
Portanto, deixamos de forma clara nosso repúdio por tal matéria e também se realmente houve a infeliz declaração de suposto representante da Polícia Militar de São Paulo no referido veículo de comunicação, informamos aos filiados e colegas de profissão que já estamos pedindo a retratação pelos meios legais e administrativos.
sindppesp